O número de passageiros que usam o transporte coletivo urbano está em cerca de 60% dos níveis pré-pandemia, revelou levantamento Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos, a NTU, divulgado nesta segunda-feira.
Essa queda na demanda reduziu a receita das empresas em mais de R$16 bilhões entre março de 2020 e junho deste ano.
O levantamento calculou ainda que, nos meses de abril e outubro de 2020, o número de passageiros caiu pela metade se comparado com os mesmos meses de 2019. Os dados são de nove capitais, entre elas, São Paulo, Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro, que representam 35% da demanda nacional.
Segundo a associação de empresas do setor, a pandemia agravou um quadro que já vinha piorando. Em 24 anos, de 1995 até 2019, a demanda de passageiros de transporte coletivo urbano caiu 45% no país. Para o presidente da NTU, Otávio Cunha, não é viável aumentar as tarifas e, por isso, eles defendem que o Estado banque parte do transporte público, assim como já ocorre nas cidades de Brasília e São Paulo.
A NTU, que representa as empresas de ônibus, e a ANPTrilhos, do setor de transporte sobre trilhos, pretendem apresentar nos próximos dias ao Congresso Nacional uma proposta de um novo Marco Regulatório para o setor, como solução para a sustentabilidade do transporte público urbano.
O presidente da NTU, Otávio Cunha, afirma que há risco de paralisação nos serviços nas cidades onde não há ajuda financeira do poder público. Em 16 meses de pandemia, houve a interrupção do serviço de 29 operadoras e um consórcio, outras sete empresas entraram com pedido de recuperação judicial. Além disso, mais de 80 mil trabalhadores foram demitidos e houve 283 paralisações, entre greves e protestos.
Economia Brasília 20/09/2021 – 16:37 Nádia Faggiani / Beatriz Arcoverde Lucas Pordeus Leon – Repórter da Rádio Nacional Transporte Urbano segunda-feira, 20 Setembro, 2021 – 16:37 2:37