Nos dias 5 e 6 de novembro, o Crea-SP promoveu o quarto encontro do Colégio Regional de Inspetores, desta vez em Catanduva. A iniciativa, que tem como objetivo promover o debate de ideias relacionadas ao conceito de cidades inteligentes, contou com a participação de aproximadamente 250 profissionais do Conselho de diversas cidades da região.
No primeiro dia de evento, o presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese, dividiu o palco com o chefe da Unidade de Gestão de Inspetoria (UGI) de Catanduva, Eng. Edelmo Terenzi, o prefeito de Catanduva, Padre Osvaldo de Oliveira Rosa, o vice-prefeito, José Claudio Romagnolli, e o presidente da Câmara Municipal, vereador Mauricio Gouvea, de quem Marchese recebeu a honraria de cidadão catanduvense.
Durante a abertura, o presidente convidou os inspetores a trazer os problemas reais que enfrentam em suas cidades e incentivou a busca por inovação com a finalidade de alcançar resultados mais ágeis. “As pequenas mudanças causam grandes impactos e é esse o nosso objetivo no momento. Queremos melhorar as cidades com projetos, ideias e capacitação e, para isso, o papel dos inspetores é fundamental”, explicou.
Ainda naquele dia, foram apresentados os resultados obtidos por meio da força-tarefa na região, realizada no início de setembro. Somente na Gerência Regional-9 (GRE-9), que conta com 104 municípios, foram mais de 11.500 ações realizadas nas áreas de Segurança do Trabalho, Engenharia de Agrimensura, Engenharia Química, Geologia e Engenharia de Minas. Segundo a superintendente de Fiscalização do Conselho, Eng. Maria Edith dos Santos, “a força-tarefa tem sido muito importante, pois amplia a visibilidade da fiscalização e fortalece o trabalho realizado pelos fiscais. Em conjunto, as ações ganham peso e a fiscalização melhora a cada dia”, completou.
No sábado, 6, as atividades começaram logo pela manhã com workshop conduzido pela Eng. Iara Negreiros, consultora da Spin (Soluções Públicas Inteligentes) e doutora em Engenharia e Planejamento Urbanos. De maneira interativa, Iara contou com a participação dos agentes fiscais, que são parte fundamental para o desenvolvimento de iniciativas que acelerem projetos de cidades inteligentes, unindo tecnologia, sustentabilidade e bem-estar dos cidadãos.
“Trazer esses encontros para as cidades do interior, para perto da realidade das pessoas, é essencial para que elas entendam que o conceito de cidades inteligentes é para todos. Saio daqui com a certeza de que deixamos um legado de sementes plantadas e boas ideias virão a partir dessas discussões”, explicou Iara.
Em complemento a essa reflexão, o chefe da equipe de transformação digital do Crea-SP, Eng. Bruno Ranieri, destacou a relevância do papel das pessoas no processo de transformação. “A inovação não é, necessariamente, algo que não existe, é conseguir resolver o problema das pessoas com soluções inovadoras. E é exatamente isso que estamos propondo aqui com esses encontros. Não existe inovação sem as pessoas, elas precisam estar no centro das soluções sempre. A tecnologia é um complemento”.
Em seguida, os inspetores foram divididos em grupos, por UGIs, e se uniram para propor soluções de acordo com a realidade em que se encontram. Questões relacionadas a saneamento básico, monitoramento ambiental, iluminação, segurança, conectividade, telecomunicações e mobilidade inteligente embasaram as propostas apresentadas pelas equipes no período da tarde.
Um dos projetos expostos foi a criação de um aplicativo para interação da população. O Eng. Antônio Cruz, agente fiscal da cidade de Jales, explicou a proposta aos participantes. “A ideia seria criar uma plataforma com um banco de dados do município, com espaço para sugestões, críticas, possibilidade de troca de ideias e fóruns on-line para discutir temas específicos relevantes para a população. A plataforma seria criada pelo Crea-SP e cedida aos municípios”.
Além desse, outros projetos foram apresentados de diferentes áreas, o que enriqueceu ainda mais o debate. Para o Eng. Silas José Tiepppo, agente fiscal de São José do Rio Preto, o maior aprendizado promovido pelo colégio é a possibilidade de ampliar os conhecimentos. “O profissional precisa se atualizar, se interessar pelo que acontece no mundo e ter informação de qualidade para transformar tudo isso em ação prática. Uma cidade inteligente é aquela que possibilita uma cidade melhor para todos, segura, estável, onde o cidadão pode se desenvolver coletivamente, buscando seu bem-estar e sua felicidade”, finalizou.
Produção: CDI Comunicação Corporativa